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OPINIÃO - Luís Roberto - Founder & Managing Partner @Comunicatorium

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Numa iniciativa promovida pelo CSR Europe, os CEOs signatários do New Deal para a Europa comprometem-se, enquanto líderes, a responder de forma proativa às preocupações do futuro da Europa e da sociedade em geral.

Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável são em si mesmo um desafio às empresas, enquanto elemento inovador e de transformação do negócio, capaz de criar paralelamente valor para a sociedade. O desafio passa pela capacidade dos líderes empresariais em criar o engagement nas suas empresas, nos diferentes setores de atividade e nas comunidades onde operam, que conduzam à construção de entendimentos, sustentada por novos modelos de negócio e de financiamento, que promovam simultaneamente a empregabilidade e a coesão social.

Em Setembro de 2015, os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU foram lançados como parte da Agenda 2030 para o desenvolvimento sustentável, com forte apoio dos 193 Estados membros, e com grande expectativa das empresas, que vêem reforçada a importância deste desafio, com o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas. Desde então, governos, associações empresariais e organizações não-governamentais têm-se multiplicado na organização de inúmeras iniciativas de sensibilização para a necessidade de cumprirmos com as metas definidas, monitorizadas por surveys que, a cada momento, marcam o avanço desta importante jornada.

Em Maio de 2017, o SDG Survey of European Business for CSR Europe concluía que 71% dos CEOs portugueses consideravam os ODS como parte dos valores corporativos e da estratégia da sua empresa, embora apenas 36% do middle management e suas áreas conhecessem bem os ODS, acima dos 21% da média europeia.

Passados quase quatro anos sobre o lançamento oficial, a consciencialização na Europa é grande e as empresas começam a perceber que os ODS poderão traduzir-se em novas oportunidades de negócios, e que os mesmos poderão alavancar as suas estratégias de crescimento.

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A própria Comissão Europeia está a preparar a estratégia de integração dos ODS na sua agenda 2030, e o governo português, alinhado com as orientações europeias, já definiu os seis ODS prioritários para Portugal (ODS 4 – Educação de Qualidade; ODS 5 – Igualdade de Género; ODS 10 – Redução das Desigualdades; ODS – Indústria, Inovação e Infraestruturas; ODS 13 – Ação contra a mudança global no clima; ODS 14 – Vida na Água)

No entanto, e apesar do vasto processo de sensibilização do mundo empresarial sobre os ODS, globalmente, os resultados ainda não se materializam em ações ou metas concretas a curto e médio prazo, capazes de atingir os objetivos até 2030.

As empresas necessitam de alinhar a sua estratégia com os ODS, envolvendo os seus colaboradores para enfrentarem os novos desafios e aproveitarem as oportunidades em todas as áreas das suas operações.

Segundo a Business and Sustainable Development Commission, as oportunidades de negócio na concretização dos ODS podem gerar até US $ 12 triliões em valor de negócios.

Estabelecer parcerias em torno dos objetivos comuns com as partes interessadas é também um novo desafio, porventura o menos fácil, mas o sucesso da implementação dos ODS passa necessariamente pela capacidade de partilha e colaboração entre governos, empresas, academia e cidadãos. Não é por acaso que o ODS 17 é sobre o fortalecimento e revitalização das parcerias globais para o desenvolvimento sustentável.

Até 2024, é desejável que os setores da indústria europeus possuam uma visão de sustentabilidade do setor, um plano de ação e objetivos a atingir capazes de serem medidos e comunicados.

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Na era dos CEOs ativistas, uma tendência em crescendo nos últimos tempos, espera-se que o silêncio de ouro e o posicionamento tradicional de longas décadas se converta no compromisso ativo dos objetivos do desenvolvimento sustentável.

O tempo para atuar é agora!

Fonte: VER Valores, Ética e Responsabilidade
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